23 de fev. de 2010

Mega sena e compadrio à brasileira


As pessoas reclamam da falta de honestidade dos políticos, mas esse caso de Novo Hamburgo é a cara do compadrio que coloca a cerca para dentro da propriedade do vizinho; desvia uma vaca do pasto alheio e dá um perdido na hora que o capataz sai procurando pelo animal. Isso é uma praga que prolifera como se fosse natural. É o abuso da confiança e a facilidade da proximidade, quando vê a oportunidade de se passar por amigão, bom parente, dizendo que vai cuidar de algo do outro, mas sempre de olho na vantagem que podem levar, desviando um pouquinho aqui, outro ali, em benefício próprio. E depois faze cara de tonto quando é descoberto. E diz que não é com ele. Que foi um erro de cálculo, ou culpa do empregado. E vão pra missa, pedir a Deus que os ajude a melhorar de vida, para ajudar aos outros, também. Em Novo Hamburgo não foi diferente, pelo menos é o que parece, até agora. Quantos bolões, o cara pode ter deixado de apostar, desviando a grana para o próprio bolso? Sem entregar nenhum recibo aos apostadores, ficava fácil faturar aqui e ali... até que algum bilhete fosse premiado.
E agora? Bem, a coisa tem que ir para a justiça, claro. Mas a Caixa deverá ou regularizar os bolões, ou proíbi-los, já que a pessoa que compra uma fração dessas, pode estar à mercê de mil variantes, entre elas, a impressão errada, o empregado desatento, ou, mesmo, má fé.

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