28 de jan. de 2008

de que lado vc está, afinal? 2

28/01/2008 - 15h09 - UOL
Municípios temem crise no MT com plano da Amazônia

Nelson Francisco
Em Cuiabá

As medidas anunciadas pelo governo para conter o desmatamento na Amazônia estão causando apreensão entre produtores rurais e prefeitos de 19 municípios de Mato Grosso que integram a "lista suja" do Ministério do Meio Ambiente.

Entidades como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), sindicatos rurais e indústrias madeireiras temem uma estagnação econômica em 31 mil propriedades, como ocorreu em 2005 após Operação Curupira, que mandou para a cadeia empresários e servidores públicos acusados de corrupção.

Juntos, esses municípios são responsáveis por 20% da produção pecuária do Estado e 11% da produção de soja, segundo a Famato. A partir de amanhã, produtores rurais e prefeitos estarão em Brasília para discutir com o governo os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na semana passada. Eles temem que as ações de prevenção e controle do desmatamento, anunciadas pelo Ministério do Meio Ambiente, inviabilizem a atividade econômica nos municípios.

Em nota, a Famato informou que os instrumentos para controle do meio ambiente são legítimos, mas lembra que os produtores rurais estão buscando se adequar à legislação brasileira. A entidade critica a ausência do Estado para administrar as questões ambientais. "Os produtores rurais do Estado de Mato Grosso têm demonstrado formalmente o desejo de adequarem suas propriedades às exigências da complexa legislação brasileira."

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, José Aparecido dos Santos, discorda dos números do desmatamento apresentados pelo Inpe. "Os prefeitos têm que saber se de fato ocorreu todo esse desmatamento em seus municípios para tomarmos providências", disse ele, informado que os prefeitos vão se reunir na quarta-feira em Cuiabá para debater o assunto.

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Desmatamento cresce 600% na fronteira do Brasil com a Bolívia - 21/10/2007


Domingo, 21 outubro de 2007

OESP

Desmatamento cresce 600% na fronteira do Brasil com a Bolívia

Imagens de satélite apontam 'arco' de devastação causado por crescimento econômico e construção de hidrelétricas Tânia Monteiro, GUAJARÁ-MIRIM E PORTO VELHO O desmatamento em algumas regiões do Estado de Rondônia virou escândalo nacional, suplantando até os índices tradicionalmente recordistas de Mato Grosso. Dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), coletados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), mostram que na região da fronteira de Rondônia com a Bolívia, que vai dos municípios de Guajará-Mirim a Costa Marques, a derrubada de floresta cresceu 600% entre setembro de 2006 e o mesmo período deste ano.

Pelas imagens do satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornece as informações para o sistema Deter, o "arco do desmatamento" em Rondônia concentra-se em uma região que começa na capital, Porto Velho, passa por Jaciparaná, Nova Mamoré e Guajará-Mirim, e desemboca em Costa Marques (veja mapa ao lado).

Segundo Nanci Maria Rodrigues da Silva, diretora de Fiscalização do Ibama em Rondônia, o Estado tem seis "áreas críticas" em relação ao desmatamento: Nova Mamoré (a 50 quilômetros de Guajará-Mirim), União Bandeirantes, a área da reserva extrativista de Jaciparaná, os projetos de assentamento em Pau D'Arco e Taquara, e a região de Nova Dimensão, próxima a Jacilândia, onde a grilagem de terras é considerada "desenfreada". Ali, a grilagem acontece em uma área de 1,740 milhão de hectares que está sub judice por causa de uma ação civil pública de reintegração de posse por invasão em unidade de conservação.

CAUSAS

Os funcionários do Ibama e dos órgãos estaduais de administração do meio ambiente detectam, preliminarmente, dois problemas que podem ter contribuído para a explosão do desmatamento nas regiões beirando os Rios Mamoré e Madeira.

Eles falam no incremento de atividade econômica provocado pela expectativa da construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, prevista para acontecer entre 2008 e 2012, e na transferência da União para a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em agosto do ano passado, da responsabilidade pela concessão de autorizações para manejo na floresta. Isso inclui a concessão para as empresas comprarem e venderem madeira.

"Em certas áreas, houve aumento de devastação de mais de 600%. Não estou falando nem de 6% nem de 60%. Estou falando de 600% concentrados principalmente na região da fronteira, onde há uma quantidade considerável de terras públicas com grande cobertura vegetal", disse Nanci ao Estado.

"Antes era só o Ibama que dava a concessão (para o manejo da floresta). O Estado não tem interesse em combater o desmatamento", acrescentou a diretora de Fiscalização. Essa concessão estadual nasceu a partir da legislação de gestão de florestas públicas, aprovada pelo Congresso e que entrou em vigor em agosto de 2006.

'CAMINHO DE CLAREIRAS'

Pelas informações do Deter, como mostrou reportagem do Estado na terça-feira, entre junho e setembro deste ano a derrubada de floresta aumentou 107% em Mato Grosso, 53% em Rondônia, e 3% no Acre.

Mas, enquanto em Mato Grosso, entre setembro do ano passado e o mesmo mês deste ano, a área desmatada cresceu de 211 para 389 quilômetros quadrados (84% mais), em Rondônia, passou de 42 quilômetros quadrados em setembro de 2006 para 295 quilômetros quadrados no mês passado (mais 602%).

As fotos do satélite do Inpe mostram que, nos nove Estados amazônicos (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO), o "arco do desmatamento" forma um "caminho de clareiras" que começa no sul do Pará, passa pelo norte de Tocantins e de Mato Grosso e sobe pela região da fronteira de Rondônia com a Bolívia. O grande problema, diz Nanci Rodrigues, é a grilagem de terras. "Quando o Incra não faz a regularização fundiária, as pessoas agem com a idéia de que a terra é de ninguém", afirmou a diretora do Ibama. No sul de Rondônia, trechos da floresta amazônica já perderam 80% da mata, que foi transformada em pastagem.

O mogno é uma das madeiras mais procuradas. E é retirado, principalmente, das unidades de conservação e das terras indígenas. Mas há também corte seletivo de cedro, maracatiara, faveira, cerejeira, ipê, angelim, capiúba, roxinho e cedro. Segundo o chefe da Polícia Federal local, Sérgio Lúcio Fontes, há uma forte resistência da população às operações de repressão, sob a alegação de que a sobrevivência depende do corte ilegal da madeira. "O problema", diz o delegado da PF, "é que essas pessoas quase sempre são apenas massa de manobra, gente explorada pelos grandes grileiros e fazendeiros da região."

FISCALIZAÇÃO

O problema da transferência das concessões de floresta da União para o Estado de Rondônia concentra-se no fato de que a secretaria estadual não tem pessoal suficiente para fiscalizar as áreas concedidas. O Ibama padece do mesmo problema, mas agora, com a nova política, as áreas concedidas não param de aumentar.

Nos 340 quilômetros entre Guajará-Mirim e Porto Velho, por exemplo, que é uma das estradas por onde é traficada boa parte da madeira, não existe um só posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal.

O Ibama tem só 12 fiscais para coibir a devastação de 237,5 mil quilômetros quadrados de área. São 19.798 quilômetros quadrados de área por fiscal. "A sorte é que contamos com a colaboração e a parceria de outros órgãos, como o Exército, a Polícia Federal e o batalhão de florestas do Estado. É pouco, mas, se não atuamos com o Exército, somos corridos. Eles (os traficantes de madeiras, drogas e armas) fazem emboscadas, nos ameaçam o tempo todo e nos isolam."

AS FORMAS DE DESMATE

Grileiros como laranjas: Grileiros usam laranjas para ocupar a região a ser devastada. Esses laranjas fazem o papel de pequenos agricultores ou posseiros. Depois de conseguir um registro no Incra, formalizando a ocupação da terra, os falsos agricultores ou posseiros também são falsamente expulsos pelos 'fazendeiros', que tomam posse, cercam a propriedade e promovem a devastação na nova 'fazenda' para a agricultura

Ataque a assentamentos: O ataque a assentamentos feitos pelo Incra, onde os 'jagunços' chegam expulsando os agricultores com algum tipo de documento falso, também é uma das formas de ocupar e desmatar

Escondendo a clareira: Os madeireiros mantêm de 50 a 100 metros de floresta nas margens de rodovias para dar a idéia de que a mata está intocada, mas abrem enormes clareiras dentro. Foi o que fizeram ao longo da BR-421, que liga Campo Novo a Nova Mamoré, saindo do oeste do Estado e cortando todo o Parque de Guajará-Mirim

Corte seletivo: Alguns desmatamentos são mais trabalhosos, seletivos, e chamam menos atenção. Em vez de fazer uma devastação a esmo, os madeireiros entram na floresta e escolhem as árvores. Foi o que o Ibama descobriu em Ponta do Caripuna, na reserva indígena de mesmo nome, e também na Floresta Nacional Jamari, na divisa com o município de Cujumbin

23 de jan. de 2008

segredo alado

o abismo profundo do lado escuro causa o pânico desesperado no curioso q v das alturas seu sonho alado se despencar de medo. mas ao pássaro q constrói seu ninho no meio do rochedo, o abismo é segredo guardado, abrigo seguro, clareza, visão. e uma incrível sensação de que o céu lhe pertence e é feito do sonho de voar alto.

22 de jan. de 2008

ready-made ajudado

belas imagens











posando de turista
















errata


PASSEI O LINK ERRADO DA VIVÊNCIA REALIZADA EM ARIQUEMES, RONDÔNIA, PELO PROJETO REDES, DA FUNARTE.
CORRIGINDO:


21 de jan. de 2008

Cruzeiro do Sul



Cruzeiro do Sul

Sobre desaparecimentos e coisas que se perdem. Era disso que eu queria falar para eles. Uma agulha no palheiro. Uma amizade que se perde por causa de uma palavra fora do lugar, tornada ofensa. Mitos que somem no calor de um incêndio devastador na mata. Uma espécie rara de orquídea, que só existiu em um lugar que o gado pisoteou. Fragilidades de relações, enfim.

Talvez um pouco mais, do silêncio necessário para que o pequeno se torne presente. Ou do espaço requisitado por um símbolo para que ele signifique. Nada mais que um objeto que caiba na ponta do dedo. Um pequeno cubo de madeira, talvez, com um centímetro de cada lado, dividido em duas partes: de um lado uma madeira macia, de outro, uma madeira dura. Só isso.

Relações entre tamanhos e espaços ocupados. Relativização entre o que é grande e o que é pequeno. Formas culturais onde o que importa é a necessidade de uso que cada sociedade faz daquilo que inventa. E tudo ganhar uma importância para certo contexto onde turistas ouvem com aparente atenção e civilidade uma história de atrito e fogo, que logo irão esquecer, ou rotular como coisa de índio, louco, exóticos. Como alegoria, simplesmente.

Também não é só isso. Minha dificuldade em expressar em outra língua. O fato de que a curiosidade e a ansiedade são parceiras de longa data, impedindo um olhar mais aprofundado nas questões expostas, bem, era uma noite de “caipirinhas”, e eu contando sobre coisas frágeis que se perdem, não tinha, de fato, muito a ver. Histórias de bandidous chamam mais atenção.

O vazio foi ficando tão grande que se tornou insuportável. Lembro de Cildo Meireles, o autor de Cruzeiro do Sul, ter me dito que, em um museu da Espanha, os guardas velavam pela obra que havia sido roubada, no momento em que ele tinha ido visitar o museu e conferir a montagem de seus trabalhos. E somente o spot de luz brilhava no centro de nada.

Não tive mais vontade de ver os gringos depois disso. E nem eles a mim. E nem pelo Cildo Meireles, que eles não conheciam, se interessaram. Mas sei que a história desse Cruzeiro do Sul faz referência a extermínio de indígenas por fazendeiros, por posse de terras, ou seja, por ocupação de espaço. E aprendi, também, que muitas vezes é melhor se calar e se retirar, mesmo estando em seu próprio tempo e lugar, do que forçar uma amizade que não acontecerá, de toda forma. Sabendo que o silêncio é sempre suspeito. E frágil.

20 de jan. de 2008

rio negro


Rio Negro





Daniel e eu, na foto da Agda

blog do juvenal pereira


19 de jan. de 2008

Mais_naus





18 de jan. de 2008

caos_manaus

Manaus





Manaus é um caos e Ama a Zona Franca. Aliás, confirmado na camiseta do alemão aí: país do futuro.

De volta à Manaus





17 de jan. de 2008

De volta ao lar...

O chato que vem pra conversar com o povo ao lado e enfia o cu na tua mesa. O babaca bêbado querendo chamar atenção. A criança que tenta te convencer a comprar um chiclete, no meio da madrugada, fazendo cena de dó. O pidoncho da esquina. O flanelinha.
Não bastasse isso, a tendência para o mau gosto parece um imperativo, senão na humanidade como um todo, pelo menos em boa parte dela.
Descobri que o lixo aparece, mas para as coisas leves e delicadas é preciso ter sensibilidade para sentir. Ninguém está nem aí para sutilezas. E os idiotas grassam.
Volto pra casa e o vizinho constrói um muro de dois metros onde antes tinha uma bela paisagem. É noite e eu noto que encheram de iluminação elétrica um lugar cujo charme era permanecer escuro.
Fico velho, perco a graça e tenho sono.

enquanto isso, na little londres

A FORÇA JOVEM continua a mesma...

MP denuncia cinco vereadores por formação de quadrilha

Parlamentares são acusados também de concussão; somente em um mês esquema teria lesado três empresários em R$ 47 mil


Folha de Londrina, 15 de janeiro de 2008

16 de jan. de 2008

zoô






manaus, final.



sampa


To be continued

Voltei pra casa depois de uma bela diarréia e febre que tive, vindo de Manaus. Passei um puta frio no avião. Cheguei em Sampa encontrei parte da camaradagem e nos divertimos um pouco com as comidas que eu trouxe do Amazonas.
Comidas, aliás, que conheci na rua, nas feiras populares, no meio do mato. Remédios, raízes, óleos para inflamação, infecção, riquezas. O óleo de copaíba e o óleo de Andiroba são dois verdadeiros milagres da Amazônia. A pupunha é a delícia das delícias. O tucumã, a pitomba, a castanha do Brasil, a castanha de caju, o açai, caramba, um lugar tão rico e uma ciodade tão nada a ver como Manaus, com aquela zona franca estúpida, aquele porto gigantesco com óleo diesel e gasolina derramados sem dó no Rio Amazonas, a porquice jogada no rio como se fosse um grande esgotão, putz, isso é foda!
Se você chama alguém de índio, apanha. Ninguém quer ser índio mais. Chmaei uma menina de índia e ela disse que não era, que índio é seboso. Culturalmente era uma branquela, mas bastava olhar pra ela e ver que, geneticamente, ela era - assim como a maioria da população é - índia.
Aqui no Rio já me olham como se eu fosse estrangeiro. Mas em Manaus era um exagero. Até em inglês teve pessoas que me pararam perguntando se eu precisava de algo? Os taxis passavam buzinando e acendo o farol. E as putas da Joaquim Nabuco achavam que eu tinha dólares para gastar com elas.
Bem, vou postando as fotos, de cima pra baixo, do fim para o meio da viagem, uma vez que já mostrei até Porto Velho. Agora vai ser de trás pra diante.
É isso aí, voltarei lá, certamente.