27 de fev. de 2010

GREVE DE FOME

POR QUE SERÁ QUE A MÍDIA TRATA O CASO DO PRISIONEIRO DE CUBA QUE MORREU DE GREVE DE FOME DE MANEIRA TÃO HUMANISTA E NO CASO DO CESARE BATTISTI ISSO VIROU ATÉ PIADA, À ÉPOCA?

FHC E O THC


Márcia Vieira - O Estado de S. Paulo 
RIO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta sexta-feira, 26, a descriminalização de todas as drogas, e não só da maconha como pregou o relatório da Comissão Latino-americana sobre Drogas e Democracia, da qual ele fez parte. "Acho que deveríamos incluir todas as drogas. Todas fazem mal. Mas a política de guerra às drogas não está funcionando", disse, durante o encontro da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, no Viva Rio.


SE O FHC TÁ NA ONDA DA DISCRIMALIZAÇÃO DE DROGAS, ENTÃO EU ACHO QUE TEM ALGUMA COISA ERRADA QUE EU NÃO TOU ENTENDENDO DIREITO E COMEÇO A DESCONFIAR DE MINHA POSIÇÃO QUE ERA PELA LEGALIZAÇÃO, TAMBÉM. SERÁ QUE O TUCANATO FECHOU ALGUM ACORDO COM A FÍLIPS MÓRRIS OU OUTRA EMPRESA TABAGISTA INTERNACIONAL? SÓ PODE!

26 de fev. de 2010

BBB - muita grana

 
A matemática é tosca, mas dá idéia do volume do negócio. Um paredão desses rendeu na faixa de 75 milhões de votos. Vamos supor que, entre quem votou muito na mesma casa e quem não votou, o número de consumidores que assiste ao reality show chegue a esse número, 75 milhões.
Vamos supor que isso dê umas 30 milhões de casas. Vamos supor que a renda de cada casa seja de 1000 reais ao mês (sem falar na classe média, que é a maioria hoje, no país, ou dos ricos). Vamos supor que 700 reais seja para consumo de bens e serviços, produtos variados e alimentação. Assim, o dinheiro em circulação no mercado, para o consumo, é de 21 bilhões/mês.
Vamos fazer outra conta: chutando que um caldo quinór deve custar em torno de 3 reais e 10 milhões de casas consumam pelo menos 1 caixinha dessas ao mês (fora os restaurantes, quem usa todo dia), isso soma, então, 30 milhões de reais só de tempero, movimentando a economia através do marketing e da propaganda massiva. Garantindo, assim, o empregão do biau, e a manutenção da plim-plim na conservação da ideologia do consumo e do lucro, tornando-a não só poderosa, mas, também, monstruosa, pela dimensão de seu poder. Assim, o BBB deve ser um dos programas mais baratos da TV, com um lucro, no mínimo, bilionário.

25 de fev. de 2010

vendo arte na vida

23 de fev. de 2010

Machismo se traveste de diversão e pula o carnaval

Dourado bombando no BBB. Uma mãe reclama que pode ir com a filha no bloco de carnaval, mas não com o filho, um moço. O filho do meu amigo, adolescente, é amigo da namorada do pai, mas sua mãe não pode ter namorado, porque, segundo ele, não vai deixar. Para muitos homens, mulher é para comer, menos a mãe, a filha e a própria mulher. Se mexer com elas, dá briga. Um cara quis me matar porque me acusava de ter 'roubado' a namorada dele. Uma vez, na rua, com uma faca à mão, me ameaçou. Outra vez, disse que ela era uma Deusa. Uma Deusa, ele disse. Ou seja, algo a ser idolatrado, passivo de ser colocado em um altar. Não gente de carne e osso com tesão e dúvidas e desejo e sujeita a tomar decisões por si. Na verdade ele se achava ddono dela, mesmo que ela já tivesse se separado dele fazia um ano. Na TV é propaganda de mulher gostosa bebendo cerveja gelada e insinuações de pegação. No carnaval de rua, no meio dos blocos, aqui no Rio de Janeiro, os caras chegam, sem mais nem menos, querendo beijar as garotas. E elas se deixam, na 'Boa' (sacou o trocadilho?). A diversão e a alegria é contabilizada pelos porres e pelos beijos: quanto mais latinhas de cerveja jogada nas ruas e mais parceiros, mais diversão e alegria. Há uma euforia no ar que naturalizou a pegação e ninguém se sente mais invadido ou invadindo, por causa disso.

Fui com minha namorada pular em um bloco desses e, no meio da multidão, um cara tenta dar um beijo nela, sem mais nem menos, mesmo com ela de mãos dadas comigo. Isso, depois que vários caras tentaram apalpar ela, quando a gente se soltava. Ela desviou o rosto e quando ele passou por mim, tentei parecer bem humorado e levei meus lábios para beijar os dele, que se afastou. E, subitamente, me peguei 'naturalizando', também, a invasão do sujeito, porque não era uma resposta de bom humor que eu tinha que ter dado, mas uma bronca no cara que o desmoralizasse, afinal que tipo de intimidade ele achava que podia usufruir de estranhos? E outra, se ele estava arriscando um beijo, podia levar um tapa, também, não?

Eu não quero passar por moralista, mas eu sempre tive uma regra de conduta que, no mínimo, dependia de um cortejo, de um jogo de sedução, um flerte, de um aceite da garota para eu chegar mais perto e trocar um beijo, mesmo que eu estivesse bêbado e fosse carnaval. Creio que essa regra da contabilidade e essa naturalização da pegação não é legal nem para o homem nem para a mulher. No fundo, porque é uma instauração do machismo pelo acúmulo, pela ordem numérica e pelo fato de que, se todas as mulheres são putas, com que mulher será possivel ter uma relação de confiança? Na 'Boa', se a mãe não quer ir com o filho brincar no bloco de carnaval, porque é que eu iria ficar à vontade, com minha mulher, lá? Para o filho dela tentar agarrar minha namorada? Isso não é diversão e alegria, isso é um porre!

Mega sena e compadrio à brasileira


As pessoas reclamam da falta de honestidade dos políticos, mas esse caso de Novo Hamburgo é a cara do compadrio que coloca a cerca para dentro da propriedade do vizinho; desvia uma vaca do pasto alheio e dá um perdido na hora que o capataz sai procurando pelo animal. Isso é uma praga que prolifera como se fosse natural. É o abuso da confiança e a facilidade da proximidade, quando vê a oportunidade de se passar por amigão, bom parente, dizendo que vai cuidar de algo do outro, mas sempre de olho na vantagem que podem levar, desviando um pouquinho aqui, outro ali, em benefício próprio. E depois faze cara de tonto quando é descoberto. E diz que não é com ele. Que foi um erro de cálculo, ou culpa do empregado. E vão pra missa, pedir a Deus que os ajude a melhorar de vida, para ajudar aos outros, também. Em Novo Hamburgo não foi diferente, pelo menos é o que parece, até agora. Quantos bolões, o cara pode ter deixado de apostar, desviando a grana para o próprio bolso? Sem entregar nenhum recibo aos apostadores, ficava fácil faturar aqui e ali... até que algum bilhete fosse premiado.
E agora? Bem, a coisa tem que ir para a justiça, claro. Mas a Caixa deverá ou regularizar os bolões, ou proíbi-los, já que a pessoa que compra uma fração dessas, pode estar à mercê de mil variantes, entre elas, a impressão errada, o empregado desatento, ou, mesmo, má fé.

20 de fev. de 2010

Sieber, exato!


O lugar certo para ficar um quadro do Romero Brito, ou seja nas páginas das histórias em quadrinhos do Alan Sieber. Aqui, o Estagiário dá uma cagada sorrateira na privada do chefão autoritário, dono de uma Agência de Publicidade.