2 de mai. de 2006

pedrofilhismo

Pedrofilhismo não é, necessáriamente, um movimento. Mas aqueles que o praticam possuem em comum o fato de se acharem melhor do que os outros e que só eles têm o filhinho mais brilhante do mundo, porque ajuda papai nas fazendas.
O Júnior, em questão, é aquele filho bobão, mas que aprende rapidamente que George Bush é um grande presidente; que a Veja está certa (só lê - quando lê - isso mesmo); que o Lula é vagabundo; e quem vota num vagabundo desses também é vagabundo. E não entra em sua casa. E se for seu empregado ele manda embora; que a culpa da miséria no campo é do Sindicato dos trabalhadores rurais; que o MST é o demônio; que o pobre precisa do rico; que pobre não ajuda pobre; e que ele sempre foi bom com os empregados, mas com essas leis trabalhistas - coisa de comunistas - ele agora não quer mais nem saber de ajudar os trabalhadores mais.
Outro dia o pai do Júnior se saiu com essa: que os parentes dele não querem que ele suba na vida. Só porque ele comprou uma pequena propriedade - coisa pouca, 500 alqueires - os irmãos fizeram censura. Disseram que ele já tinha muito e não precisava ficar correndo atrás de mais coisas ainda. Coitado, tão esforçado e os irmãos com inveja, torcendo contra sua tentativa de melhorar de vida.
Esse Pedro não toma jeito. Esse Pedro é uma parada. E o pedrofilhismo não é piada. Tu apontas o dedo em riste para mim, e outros três voltam-se contra você mesmo. Em todo caso, eu não respondo à sua prepotência e arrogância autoritária em um lugar que não é o ringue de briga ideal para esse tipo de combate. Até porque eu tenho classe!

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