2 de jul. de 2008

poema



E ponto

X

Você está aqui!

Mas eu não estou mais aí para dizer aonde você está

Apenas deixo uma armadilha para você ficar

Por algum momento

Dentro do monumento tempo

Sem espaço para agir

Sem possibilidade de fugir

Aqui dentro eu te invento e ponto

de fuga chapado na superfície lisa de um quadro

mesmo sabendo que isso é só um estado

uma marca riscada em volta de sua percepção

Y

Estamos em todos os lugares

E agora é hora de ser o que se é

Concreção encarnada na raiz

Passos no mesmo onde enquanto se diz

Sorria, você não está sendo filmado

Agora é quando sem fim

A partir desse ponto existe um sim

Pronto para ir além

De quem fica, vai e vem

Z

Nômade tua capa esconde

Tua napa, tua cara de mouro

O couro que teu gene indica

Fica aqui mais um pouco

Dança como um louco

Sobre essa fundação

Território transitório

Mas concreção

Daquilo que te escapa

Teu mais verdadeiro chão.

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