29 de ago. de 2008

e essa vai pra todos os meus fãs. amo vocês, galéra, uhuuuuu!


Caetano, o Rei e o show de naftalina

Mais preocupados em lustrar prestígio de Tom Jobim do que em ousar e suplantar-se, totens da MPB fazem noite tediosa

Crítica Jotabê Medeiros


trechos:

Naftalínico, o concerto cedeu à nostalgia, à vontade de que o tempo fique congelado, que as coisas sejam imutáveis e polidas ad infinitum.

Foi como num jogral escolar em homenagem ao Duque de Caxias ou coisa parecida, em que as qualidades do homenageado são discorridas de forma artificial, mal ensaiada. Um lustro tedioso num monolito de ouro.

A bossa de Caetano e Roberto, ao menos nesse show, está doente e chamaram dois totens da MPB para fazer a necrópsia.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080827/not_imp231284,0.php

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Rubens

Ha alguns meses estou tentando te achar para conversar sobre o Carlos Zago, pra mim Carlao, pra mundo um poeta que se matou.

Sou amigo do carlao e convivi com ele ate meses antes do suicídio, pois me mudei pra BSB pra trbalhar.
Agora estou novamente em Londrina e comecei a fazer alguns cursos de cinema com a Kinoarte e com alguns independentes de Londrina, como o Willian, o Poreli, etc.

Não sou profissional na area, nem atuo com publicidade ou coisas da area. Sou apenas um amante de cinema e de arte.

E... toda historia começa com uma "era uma vez..." , entao, li a coyote n.8, com aquela foto linda do carlao e com algunas poesias (algumas tinha ouvido da boca dele, outras nao). Isso me jogou emocionalmente ate a lembrança do Carlao.

Ai... morre o Carraninho (do bicho de sete cabeças), e tem uma historia muito louca (so podia ser, com dois super loucos): o carrano veio na UEL pra fazer uma palestra sobre o livro e o movimento anti-manicomial, sala do CCH cheia, cheio de estudantes interessados, desinteressados, engajados, emaconhados, etc e tal, e o carrano falando com verve, sangue nos olhos, contra essa nossa sociedade manicomizante e contra o sistema manicomial. O Carlão se levanta, vai ate a mesa, deita na frente o carrano (isso começam os protestos dos alunos -muita gente nao suportava o carlao - mas o carrano manda todo mundo se calar - afinal é um "louco" e dos bons, e merecia o respeito do carrano). No meio da palestra, o carlao levanta o tronco (estava deitado na mesa) e fala:

- a diferença entre um louco e as pessoas normais é que, quando vemos uma multidão, todos sao preto e branco, mas algumas pessoas sao colorias e na cabeça delas nasce uma flor: a Flordelírio!!!!!

E deita novamente, e o carrano continua sua palestra.

Lindo, nao é, póético, louco, maravilhsamente, louco.

Estou reunindo algumas histórias como essa, e as poesias do carlao, pra fazer um roteiro de um curta.

Preciso falar contigo.
Espero seu retorno.

Bruno de Oliveira