30 de abr. de 2008

DIA DO NADA


SEGUNDA FEIRA, DIA 05 DE MAIO
http://nothingday.blogspot.com

28 de abr. de 2008

incesto e prisão

Austríaco que prendeu filha em porão admite incesto

O austríaco Josef Fritzl, de 73 anos, confessou à polícia ter abusado sexualmente da filha Elisabeth, de 42 anos, e de ser o pai dos sete filhos dela.

Em Guaraqueçaba, litoral do Paraná, tem um outro maluco que faz isso com as próprias filhas. Eles vivem a, pelo menos, 15 km de distância da outra família mais próxima. E não se dão.

27 de abr. de 2008

Adivinhação!

DIGA-ME EM QUEM VOTA
QUE EU TE DIREI QUEM É VOCÊ,
IDIOTA!

25 de abr. de 2008

Cesar Lattes



Curitiba, 11 de julho de 1924 — Campinas, 8 de março de 2005


César Lattes... figura de talento e carater, já ouviu falar?


"Em 1948, já conhecido como o descobridor da Meson-Pi, Lattes deixa Bristol e parte rumo à Universidade de Berkeley, nos EUA, onde trabalhou com o físico norte-americano Eugene Gardner. Com final de sua bolsa, o brasileiro foi convidado para se unir aos cientistas da prestigiada Harvard, também dos EUA, mas recusou o convite. "Naquele tempo, ninguém ia para lá com a idéia de fazer carreira. A gente pensava em melhorar o Brasil", contou o físico à revista Ciência Hoje, do Rio de Janeiro, em uma ocasião."

trecho entrevista( 1996):

"O senhor considera satisfatório o nível da física praticada hoje em dia no Brasil?
César Lattes - Não.

Por que?
César Lattes - Acho que hoje há muita química e pouca física nos centros de pesquisa do País. Atualmente, a moda na ciência é a física analisar as propriedades dos materiais. O que, para mim, está mais para a química do que para a nossa disciplina. Além disso, esse tipo de saber tem pouca aplicação no Brasil. Para quê indústria está se fazendo essa pesquisa? Para as indústrias dos países ricos.

Para onde então deveria se dirigir os esforços de pesquisa?
César Lattes - Para as fontes de energia alternativas e baratas. Haveria muito mais potencial de aplicação aqui desse tipo de conhecimento."

http://www.geocities.com/Athens/Agora/9443/C6.HTM

Valeu Ancorar!
p.s. - meu colégio, no interior, levava o nome dele até o dia em que morreu o filho de um transgênico lá - dando pau no carro do papai - e trocaram o nome do colégio!

23 de abr. de 2008

mais vídeos, galéra!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=MW5V6xGTkP0

é o Oi/Tchau

Pelas ruas do Rio de Janeiro, usuário de serviço de telefone público da OI liga para travesti que se anuncia por uma papeleta grudada no interior do orelhão.

Perguntas e respostas

- O que Dalai Lama?
- A flor de Lótus.

22 de abr. de 2008

o padre que foi pro céu!

http://youtube.com/watch?v=xprQrCzst18

É no Paraná, gente boa.

18 de abr. de 2008

s/t

panecídio

fo deus que me deu

16 de abr. de 2008

abril vermelho

16/04/2008 - 16h05

MST ocupa pelo menos 46 prédios públicos em 16 Estados para lembrar massacre de Eldorado do Carajás

Thiago Varella e Fabiana Uchinaka
Da Redação*Em São Paulo

Trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST) intensificaram nesta quarta-feira os protestos e as ocupações de terra e prédios públicos em 16 Estados e no Distrito Federal como parte da jornada nacional de luta pela reforma agrária, conhecida como "abril vermelho". Todos os anos o movimento lembra a morte de 19 trabalhadores rurais no massacre de Eldorado do Carajás (PA), em 17 de abril de 1996. Foram pelo menos 46 prédios públicos ocupados, entre bancos e órgãos estaduais e federais, seis fazendas invadidas e seis estradas bloqueadas.

Os manifestantes reivindicam o assentamento das 150 mil famílias acampadas no país, investimentos públicos em habitações para assentados e a criação de uma linha de crédito específica para a produção agrícola em assentamentos. Eles alegam que as famílias assentadas têm dificuldades para acessar o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Segundo o MST, o governo precisa acelerar os trâmites internos para os processos de desapropriação e aprovar o projeto de lei que determina que as fazendas que exploram trabalho escravo sejam destinadas para reforma agrária.

"A reforma agrária está parada no país por causa de uma política econômica que beneficia as empresas do agronegócio, concentra terras e recursos públicos na produção de monoculturas para a exportação", disse José de Oliveira, membro da coordenação nacional do MST.

Os protestos desta quarta-feira atingem Goiás, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Pará, Sergipe, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte.

Protestos nos EstadosMais de mil integrantes do MST ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Recife e em Petrolina, em Pernambuco, e 250 pessoas estão no prédio do instituto em Natal, no Rio Grande do Norte.

Cerca de 600 sem-terra e as viúvas dos agricultores assassinados em Carajás acampam em frente ao Palácio dos Despacho, sede do governo do Pará, e outros mil manifestantes estão acampados na curva do S, em Eldorado de Carajás, em memória aos assassinatos de 1996.

A sede da Caixa Econômica Federal no Distrito Federal foi ocupada por milhares de trabalhadores rurais, numa das maiores manifestações do dia, que terminou no final da tarde de hoje com uma audiência entre os representantes do movimento, o ministro Márcio Fortes (Cidades) e a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos. O MST exige o cumprimento de um acordo feito entre o Incra e a Caixa para a construção de 31 mil moradias em assentamentos rurais.

Em Goiás, os protestos começaram nas primeiras horas da manhã, quando cerca de 180 famílias bloquearam o tráfego na BR-153, próximo a Porangatu (400 km de Goiânia). O movimento promoveu mais três manifestações na região: parte da BR-060 foi fechada nas proximidades de Guapó, parte da Fazenda Rio Vermelho, no município de Crixás, foi ocupada e uma agência do Banco do Brasil na cidade de Bom Jardim foi invadida.

800 trabalhadores sem-terras estão no prédio do Ministério da Fazenda no Rio Grande do Sul e mais 350 deles ocuparam a Secretaria da Agricultura, na capital Porto Alegre. Eles cobram a desapropriação da Fazenda Southall, em São Gabriel, área de 13 mil hectares desapropriada em 2003 pelo governo federal, cujo processo está suspenso no Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria Geral do Estado entrou com um pedido de liminar à Justiça solicitando a reintegração de posse das áreas ocupadas e os manifestantes deixaram o prédio da Secretaria durante a tarde.

Em São Paulo, militantes do MST derrubaram parte de uma plantação de eucalipto na fazenda da AmBev, em Agudos, interior de São Paulo, para supostamente substituí-la por uma de alimentos. Cerca de 300 pessoas ocuparam uma unidade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão público federal, em Bauru, por um programa de compra de alimentos produzidos em assentamentos. E o hall da Secretaria de Justiça, no Pátio do Colégio, foi ocupado por manifestantes do MST, da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), da Federação da Agricultura Familiar (FAP) e da Organização de Mulheres Assentadas e Quilombolas do Estado de São Paulo (Omaquesp) que pedem a federalização dos hortos florestais. Três agências bancárias no Pontal do Paranapanema, interior do Estado, também foram ocupadas por trabalhadores.

Manifestantes ocuparam a entrada do Porto de Maceió, em Alagoas, para defender a reforma agrária. O MST quer negociar com o governo do Estado terras do antigo Produban (Banco do Estado de Alagoas S.A). Em Jungueiro, uma área de 400 hectares foi ocupada por 200 famílias.

Em Sergipe, 150 famílias ocuparam a Agência do Banco do Nordeste em Carira, outras 150 ocuparam a Fazenda Oiteiro, em Siririzinho, mais 120 estão na Fazenda Samambaia, em Santo Amaro, e 220 famílias ocupam a Fazenda Brígida, em Estância. O MST lembra a morte do trabalhador Zé Emídio, morto na fazenda Santa Clara, em Capela.

Uma rodovia em Itaquiraí, no Mato Grosso do Sul, foi fechada e 250 famílias protestaram em frente ao Banco do Brasil. Em Campo Grande, 300 pessoas participam de audiência no Incra.

No Rio de Janeiro, cerca de 150 trabalhadores rurais interditaram a Via Dutra, na altura do KM 242, sentido São Paulo, antes de serem expulsos pela polícia e houve protestos em agência da Caixa em Volta Redonda e em Campos, interior do Estado. A Estação Experimental Manoel Machado da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola está ocupada por 200 famílias desde segunda-feira.

Manifestações em agências bancáriasNo Maranhão, uma agência da Caixa foi ocupada e houve protesto no Ibama da região para exigir a imediata interdição da carvoaria da Vale, próximo ao assentamento Califórnia.

Manifestações também foram registradas em agências da Caixa e do Banco do Brasil nas cidades de Pinheiros, Pancas, Santa Teresa, Cachoeiro do Itapemirim, São Mateus e São José do Calçado, todas no Espírito Santo; em Rio Negrinho, Canoinhas, Curitibanos, Caçador e em Lebon Regis, municípios de Santa Catarina; e em 14 cidades do Paraná.

A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou que houve manifestações em 13 agências em todo país, que ficaram parcialmente bloqueadas até o fim do expediente bancário. Em Curitiba, os gerentes receberam os líderes do movimento, que entregaram uma pauta de reivindicações, que será entregue às autoridades competentes.

No Mato Grosso, cerca de 350 famílias estão acampadas na Caixa, em Cárceres. Uma audiência com o Incra da região foi marcada para a tarde de hoje e o MST pretende cobrar o assentamento de 3.500 famílias.


*Com informações da EFE e da Agência Estado, colaborou Sebastião Montalvão em Goiânia

Bem, parece que para ter informação séria tem que ter uma EFE na jogada, porque a imprensa brasileira não costuma dar esse tipo de tom em matérias sobre o MST.

12 de abr. de 2008

Servidores servem a quem?

Progresso e natureza

Em dúvida se disponho de um vídeo que acabei de fazer no youtube por causa de questões comerciais que envolvem a questão, ou se deveria procurar um outro servidor, comprometido com a liberdade na internet, lembrei-me de que, só recentemente, com a ampliação de mercado pela China, é que me dei conta de que não adianta ter produtos como celulares a 1,99 no mercado, de acesso fácil a todo mundo, se isso não diminui a relação que o ser humano mantém com a natureza.

Na China, por exemplo, em 10 anos, várias aldeodas de caiçaras e camponeses deram lugar a megalópoles de 10 milhões de pessoas! O que isso representa? Necessidade de água, por exemplo. Cada prédio de 20 andares custa uma montanha. Um leito de rio a menos. Uma reserva florestal a menos. Menos vida, enfim. E dá-lhe esgoto, merda, doença que tem de ser tratada. Epidemias. Jogos de poder econômico de todas as ordens.

Em uma situação dessas, é preciso planejar, pelo menos para os próximos 10 anos, que não haverá a possibilidade de nenhum apagão. Afinal são hospitais, usinas, siderúrgicas e, obviamente, servidores e banco de dados.

Ser a favor sendo do contra

De que vale um rio Madeira, por exemplo, prestes a ser inundado e com ele parte da Floresta Amazônica, diante do progresso que as usinas hidrelétricas que serão construídas em Rondônia trarão? Como ser contra os garimpeiros que arrebentaram todo o fundo do Rio com suas dragas, atrás do vil metal, jogando outro, mais pesado ainda, dentro do rio, que é o mercúrio? Como ser contra os “toreiros” que dilapidam a floresta, se tudo aquilo vai submergir? Como ser contra o garimpo “Progresso”, em Ariquemes, RO, que transformou a floresta em um lugar parecido com a paisagem do planeta Marte, para a extração de bauxita, se precisamos de torneiras galvanizadas?

Voltando à China: Todos sabem que a água da China nasce no Tibet? E também que nosso presidente, ao lado do governo chinês, mandou um recado para os países ricos dizendo que eles não podem impedir, agora, o crescimento dos países em desenvolvimento?

Bem, primeiro tinha que se pensar, mais uma vez, no que é ser rico ou em vias de, se o planeta é o mesmo para todos. Mas deixa isso pra lá, por enquanto. Outra coisa é que, dentro dessa idéia de crescimento, o Brasil tem entrado – na maioria dos casos – com o material bruto e eles com os produtos.

Volta, volta, volta!

Cuba libre!

Mais uma coisa antes de voltar: diante de tudo isso não parece extremamente ingênua a resistência de Fidel Castro, em Cuba, durante esses quase 50 anos? Why not to do business? Quando vi pela primeira vez o Che Guevara numa camisa da Zoomp fiquei sem entender nada. E isso já faz anos.

Conseqüências e causas

Sim, comecei falando de postar um vídeo no youtube e estava refletindo sobre desenvolvimentismo, comunismo ou o capitalismo, consumismo e o que advém dessa mentalidade progressista – belicosa e autodestrutiva – como um todo.

Quando se posta um vídeo, seja no youtube, seja no servidor mais livre possível, consome-se energia. Gera-se calor. Cada vez mais. Tanto que os provedores de acesso estão construindo seus edifícios perto de Usinas Hidrelétricas para retirarem de lá, diretamente, a energia que precisam para acumular zilhões de dados de seus clientes. Há canos dentro desses edifícios da grossura de uma grande árvore, para passar calor.

Li um texto esses dias, no site da UOL sobre “servidores verdes”, na Alemanha, que acendeu o sinal vermelho em mim, sobre a significação e o controle de informações no espaço virtual (não encontro o link agora). Eis a questão, se é que estou me fazendo entender.

Claro que estou sendo entendido. E a primeira medida que será tomada qual é? Tentar diminuir o impacto causado pelo problema ambiental. Daí serem chamados de “ecológicos”. Lucrar com os termos não é novidade nenhuma. E o termo ecológico é moda, hoje. Vide cotas de carbono, etc.

Claro que entre um servidor livre que propõe trocas e um comercial, que vai lucrar sobre sua criação, não tem nem que se discutir. Mas não podemos ficar no raciocínio científico que ataca as conseqüências e nunca a causa. O cientista nunca vai problematizar a questão. Ele tem de dar soluções. A questão dele é lógica. Como é lógico todo o sistema que se usa de seu conhecimento: como diminuir o impacto ambiental causado pelos serviços prestados?


Uma entrevista padrão

Em um vilarejo, no rio Negro, Amazonas, na direção da Colômbia, lugar de pessoas muito simples, feições indígenas, ouvia-se, ao longe, um rádio, onde a repórter, com ar grave e com firme autoridade, perguntava à mãe de uma garota que tinha morrido na comunidade, se acaso sua filha tivesse sido atendida na hora, isso (a morte de sua filha) teria acontecido? A mãe respondeu, “não”. A repórter continuou: “se tivesse estrada até Manaus, isso não mudaria a sua vida?” A senhora respondeu: “sim”. “Se – continuou a entrevistadora – ao invés de gerador, tivesse luz elétrica, a vida de vocês não melhoraria?” Já empolgada, a entrevistada disse: “é verdade”. “E até um posto de saúde poderia ser instalado aqui, na é mesmo?”. “É”.

É verdade. Mas é verdade que pessoas morrem desde que o mundo é mundo. E é mais verdade ainda que há um desprezo absoluto por conhecimentos ancestrais que se perdem da noite para o dia, apenas com o acender de uma lâmpada. Essa construção de necessidades parece ser o que há de mais fabuloso em nossa sociedade!

Além disso, por que não potencializar o contexto local na busca de soluções energéticas próprias, que não destruam toda uma floresta, por exemplo? Que não transforme a paisagem em um deserto de água? Você já viu como é monótona a paisagem de uma barragem?

Produção e consumo

Não penso que se deva acabar com o que já temos. Mas tanto faz consumir serviços e produtos de países comunistas ou capitalistas, ou se ambos são imperialistas ou democráticos. Ou se é de uma empresa pública ou privada. No site de “Furnas”, por exemplo, eles chegam a comover, mostrando como estão empenhados em prestar um serviço que leve em consideração a proteção da natureza e das comunidades ribeirinhas. Enfim, conseguiram forjar o casamento perfeito entre o “social” e o “ambiental”.

Obviamente, é preferível estabelecer relações de troca com um servidor tipo “creative commons” do que com um de cartel, um truste. E antes que alguém aponte o dedo em riste, devo dizer que até o ar que se respira sai mais quente do corpo do que quando entra. A produção de calor e o gasto de energia são contínuos. Mas é preciso entender essa questão desde suas causas primordiais e suas implicações vitais.

Vou tentar dar um “upload” no material que estou louco para mostrar no youtube, mesmo. Mas fica em aberto a possibilidade de ser convencido a tirar de lá o que eu fiz e colocar em outro provedor.

Deu certo! Espero que curtam: http://youtube.com/watch?v=pR_z-H0b4UI

9 de abr. de 2008

o brasil não pode apagar

O brasil não pode apagar, mesmo que isso custe alguma mentira, a floresta amazônica e a manutenção das mesmas pessoas no poder, com os interesses de sempre no progresso.
Área de drenagem? Só 1.420.000 km2, coisa pouca, mas vão apoiar o translado de duas ou três comunidades ribeirinhas. Nem vou comentar o texto, acho triste.
Com vocês, o site de FURNAS, que, aliás, acabou de abrir inscrições para "revelar uma nova safra de artistas, vai lá: www.furnas.com.br








Usinas do Madeira


Soluções de desenvolvimento regional sustentável

As usinas hidrelétricas do rio Madeira, Santo Antônio e Jirau, não são apenas grandes projetos de engenharia e arquitetura moderna. A construção das Usinas do Madeira faz parte de um grande projeto para o desenvolvimento sustentável da região, integração nacional e para a melhoria de vida das populações de Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso.

Como é. Como será

Hoje, o parque gerador do Estado de Rondônia conta com uma oferta de aproximadamente 800 MW. Com a construção das usinas de Santo Antônio e Jirau serão mais 6.450 MW colocados no mercado, e com a construção de linhas de transmissão para o Acre, Amazonas e Norte do Mato Grosso será possível a conexão com o Sistema Interligado Brasileiro.

Madeira Energia S.A

A Sociedade de Proposta Específica (SPE) denominada Madeira Energia S.A (Mesa) foi constituída com a participação acionária de FURNAS (39%), CEMIG (10%), CNO (1%), Odebrecht Investimento em Infra-Estrutura (17,6%), Andrade Gutierrez (12,4%) e Fundo de Investimentos em Participações (20%). Pelo contrato assinado, FURNAS ficará responsável pela engenharia do proprietário (fiscalização da obra), a gestão ambiental e fundiária do projeto, além da operação e manutenção da usina.

Santo Antônio

Santo Antônio terá capacidade de gerar 3,150 mil megawatts (MW) e o investimento previsto é de R$ 9,5 bilhões, em valores de 2006. O início das obras está previsto para dezembro de 2008. Estima-se que a primeira e segunda unidades geradoras, das 44 previstas, devam entrar em funcionamento em dezembro de 2012. A obra empregará até 20 mil trabalhadores diretos no seu momento auge. As turbinas utilizadas em Santo Antônio serão as maiores em potência nominal no mundo: cada uma terá capacidade de gerar 72 megawatts.

Usinas Santo Antônio e Jirau. A geração de energia é apenas o começo

Os estudos para a construção das usinas hidrelétricas começaram a ser realizados em 2001 por FURNAS Centrais Elétricas S/A. Um trabalho desenvolvido ao longo dos 260 km do rio Madeira, entre Porto Velho e Abunã, no estado de Rondônia. Juntas, Santo Antônio e Jirau vão gerar mais energia para todo o país. Um projeto de aproveitamento múltiplo que amplia a navegação em todo o rio Madeira, de embarcações de maior calado entre Porto Velho e Abunã, possibilitando o incremento da agroindústria, do ecoturismo e integrando as redes fluviais entre Brasil, Bolívia e Peru. As usinas do Madeira vão chegar, e com elas, novas fontes de geração de riquezas e conhecimento.

Um projeto com consciência ambiental

A história de FURNAS se funde com a história do desenvolvimento sustentável do Brasil. Por entender que suas atividades interferem no meio ambiente, a Empresa tem o cuidado de integrar sua política ambiental às demais políticas, seguindo a legislação vigente e assumindo compromissos de conservação e preservação da biodiversidade das regiões onde atua, procurando garantir o uso sustentável dos recursos naturais.

Em Rondônia foram conduzidos estudos que diagnosticaram os meios físico (solo, água), biótico (flora, fauna) e socioeconômico (caracterização e apoio às comunidades locais). Para esse trabalho tornou-se fundamental a parceria entre FURNAS e as instituições de ensino e pesquisa localizadas na região amazônica, como a Universidade Federal de Rondônia, o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia e a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais.

Ao final dos trabalhos a comunidade científica e a sociedade brasileira contarão com um importante acervo que servirá como base para a implantação de um sólido projeto de desenvolvimento regional sustentável. Um instrumento de gestão que possibilitará a instalação, construção e operação de empreendimentos atendendo as exigências legais, e acima de tudo, preservando a integridade ambiental com respeito às comunidades locais.

Soluções de menores impactos

Os estudos de engenharia adotaram cuidados para que os impactos na construção das usinas hidrelétricas sejam os menores possíveis. Assim, as duas barragens terão baixa queda, sendo Santo Antônio com 13,90 m e Jirau com 15,20 m. O tipo de turbina será a bulbo, uma das mais modernas em utilização no mundo. Este tipo de turbina não exige grandes reservatórios, mas sim grandes volumes e velocidade de água.

Outro cuidado é em relação às áreas que serão inundadas. Elas serão as mesmas das cheias anuais do rio Madeira. Ou seja, a altura das águas será a mesma das que acontecem normalmente em janeiro.

FURNAS na geração da cidadania

O compromisso social de FURNAS chegou à Rondônia com a implantação de iniciativas que atendem às demandas por geração de renda e educação das comunidades próximas aos empreendimentos do rio Madeira.

Os projetos de construções da fábrica de derivados de mandioca e frutas regionais, da Associação dos Pequenos Agricultores do Assentamento Betel-Cachoeira do Teotônio, em Porto Velho, de uma nova escola rural e um posto de saúde para a comunidade de Embaúba fazem parte do compromisso de inclusão social assumido por FURNAS em todas as suas áreas de atuação.

Com essas ações, FURNAS contribui para o desenvolvimento sustentável das comunidades, gerando trabalho e renda entre os ribeirinhos e assentados, além de ampliar o número de vagas escolares de 24 para 80.

7 de abr. de 2008

careca pelo Tibet



Why not?

5 de abr. de 2008

Marginal, herói, seja, esteja e ou...


BÓLIDE CAIXA 18, poema caixa 2 – Homenagem a Cara de Cavalo e a bandeira Seja marginal, seja Herói, de Hélio Oiticica


Depois de tanto debater a questão, ficamos sabendo que, na origem, o termo herói se prestava a homenagear os mortos, mas que passou a designar os atletas, ainda que a homenagem tivesse um caráter efêmero (via rirobas@visualnet.com).

E o marginal, quando é que se começou a cultuar o marginal? Será que foi na década de 60? Será que foram os trovadores medievais os primeiros a curtirem a boa brisa do slogan “caia no mundo e perigas ver”, ou foram aqueles monges que viviam apartados da sociedade e que acabaram se tornando da “ordem dos templários”, que acabou virando o que hoje é a maçonaria? Precisaria fazer uma pesquisa, mas ficam aí as dúvidas para serem resolvidas em algum outro momento, ou por quem puder responder.

De todo modo, os papéis me parecem que, instantaneamente, podem ser trocados entre o “marginal” e o “herói”, em algum ou vários momentos. O herói passa a ser marginal e o marginal, herói. Ah, sim, as definições que eu atribuo a um e a outro: acho que o herói é aquele a quem se reconhece um valor cujas preocupações perpassam a idéia de coletividade – por exemplo, o herói que salva o gatinho – e o marginal segue sua vida, por conta e risco, sem se preocupar em agregar um valor “social” a seus atos.

Bem, teria que falar aqui do marginal e do herói positivo e ativo, positivo e passivo, negativo e ativo, negativo e passivo, mas aí entraríamos em uma discussão sobre niilismo e nuances mil que não cabem neste texto.

Terminei de ler um livro chamado “A terra sem mal”, de Helene Clastres, sobre o mito Tupi-guarani de um lugar paradisíaco que os índios procuravam, bem antes da chegada do homem branco, mas que poderia ser encontrado durante a própria vida. Um lugar “onde as flechas sozinhas caçam os animais, onde o inimigo tem a carne saborosa e todas as mulheres são para todos os homens”.

Quem conduzia os índios para essa Terra sem Mal eram os Caraís. Os Caraís eram os únicos por quem os xamãs temiam e respeitavam. E que eram odiados pelos caciques. Viviam na solidão das matas e de vez em quando chegavam na aldeia para convencer as pessoas a irem com ele, errantes, pela floresta adentro. Eram os únicos que podiam entrar em tribos inimigas uma das outras sem serem devorados. Eram vegetarianos. Relata-se que um Caraí chegava ter 40(!) esposas. Não aceitavam presentes. Diziam-se deuses. Que não tinham pai. Espalharam-se pelo Brasil. Relata-se que houve expedições com mais de 14 mil pessoas que, para se tornarem leves e voar, dançavam dia e noite, à exaustão, ou mesmo até a morte. O que, para eles, era parte do rito.

Tamanha coincidência acabou facilitando a vida dos padres e a catequização das almas dos índios, que não precisavam mais o sacrifício de se perderem pelas florestas para encontrar Deus, que lhes daria um lugar no céu depois da morte. Padres que passaram a ser chamados de Caraí, também, pelos índios, devido à atividade espiritual que exerciam. O Caraí passou a ser chamado de Caraíba e depois todo branco se transformou em caraíba, tamanha a corrupção que a palavra obteve. Penso que a figura do Caraí encarna esses outros dois personagens, ao mesmo tempo: o do herói e o do marginal.

Gostaria de colocar a questão sobreposta entre o marginal e o herói com essa figura do Caraí e pensar que são figuras messiânicas, portadoras de alguma “mensagem” – mesmo quando negam – ao corpo social. Figuras que, por não temerem a morte, são transformadas em mito. E que, por conta dessa total descrença em que imergimos nas últimas décadas, absolutizamos demais, talvez, a nossa resistência.

Gostaria de pensá-las como figuras arquétipicas, como o Rei, na carta de tarot. Figuras que merecem nossa atenção, não porque encarnadas de sentido no corpo da realidade física, mas em nosso próprio inconsciente, lá onde os signos fazem sentido.

Assumir-se marginal e herói, ou marginal ou herói, ou artista ou Caraí, em si, não quer dizer nada, mas pensar a evolução dessas figuras enquanto propulsoras de situações em que podemos nos colocar, me parece ser a poesia em estado de latência. E que vem lá de onde pulsa nossos dizeres.

Não sei se é isso, mas gosto de pensar que esse assunto me coloca questões que borbulham dentro de mim e que pedem passagem, seja em texto, seja em fala, seja em corpo, seja em alma.