O chato que vem pra conversar com o povo ao lado e enfia o cu na tua mesa. O babaca bêbado querendo chamar atenção. A criança que tenta te convencer a comprar um chiclete, no meio da madrugada, fazendo cena de dó. O pidoncho da esquina. O flanelinha.
Não bastasse isso, a tendência para o mau gosto parece um imperativo, senão na humanidade como um todo, pelo menos em boa parte dela.
Descobri que o lixo aparece, mas para as coisas leves e delicadas é preciso ter sensibilidade para sentir. Ninguém está nem aí para sutilezas. E os idiotas grassam.
Volto pra casa e o vizinho constrói um muro de dois metros onde antes tinha uma bela paisagem. É noite e eu noto que encheram de iluminação elétrica um lugar cujo charme era permanecer escuro.
Fico velho, perco a graça e tenho sono.
17 de jan. de 2008
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