Claro que:
Corre risco de que os movimentos sociais deixem de serem vistos como interlocutores e passem a existir somente como subordinados aos governos de massa. Ou seja, do outro - mais forte, maior - reivindicar o espaço do pequeno, do fraco, ao invés de, em uma situação estatizante, fortalecer a voz do pequeno como legítima, ao menos tentar ouví-lo, apoiar sua organização.
Ou seja, os parceiros de antes, que apostaram em candidaturas populares tornarem-se personas non gratas por tentarem estabelecer críticas independentes.
Corre o risco de não haver oposição: nem dentro, nem fora. E quem for contra ficar isolado. Ou ser perseguido.
E a tal autonomia e independência ser apenas um discurso para um outro tipo de imperialismo: um imperialismo de esquerda.
Claro, estamos falando de sutilezas.
E é bom pensar nisso como uma nuance de pensamentos que corre o risco de ficar ou NISSO, ou NAQUILO, sem compreender que sempre há a possibilidade da coalizão, do meio termo, da alternativa de uma ordem em que a própria sociedade assuma para si o controle dos seus próprios designios, sem depender de uma máquina estatal.
Mas, menos ainda, precisamos, queremos e estamos dispostos a aceitar a continuidade desse sistema selvagem de capitalismo neoliberal globalizado que nos torna dependendentes da lógica e do raciocínio econômico.
Portanto, é preciso um pouco de controle na hora de criticar os governos dos países vizinhos, para não darmos continuidade ao mesmo discurso que a direita vem pregando, incorformada de ter perdido o poder, na base dos votos. Logo ela, que acreditava tanta na democracia!
4 de jun. de 2007
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