24/06/2007 - 17h45
Jovens de classe média são acusados de roubar e espancar doméstica no Rio
Fabiana Cimierido Rio de Janeiro
Fabiana Cimierido Rio de Janeiro
Cinco jovens de classe média são acusados de ter roubado e agredido a socos e pontapés a empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, 32, que estava em um ponto de ônibus na Barra da Tijuca, bairro de elite na zona oeste do Rio, na manhã deste sábado (23). Um dos três acusados que foram presos justificou o crime à polícia dizendo que acharam que a mulher era "uma vagabunda". Dois deles estão foragidos.
O crime aconteceu por volta das 5h de sábado. Os jovens fugiram levando a bolsa de Sirlei, com telefone celular, documentos, carteira e R$ 47. Ela entrou correndo no prédio em que trabalha. Um motorista de táxi que testemunhou o crime anotou a placa do carro dos acusados e avisou ao segurança do edifício onde ela havia entrado.
Sirlei havia saído cedo da casa da patroa para ir ao médico. Segundo ela, o Gol preto com cinco ocupantes parou a cerca de 100 metros do ponto. "Eu vi que eram filhinhos-de-papai e achei que fossem entrar no prédio em frente. Mas eles vieram em minha direção, arrancaram a bolsa e começaram a me bater e xingar. Xingaram muito", disse.
Ela contou que se abaixou e colocou as mãos no rosto, numa tentativa de se proteger. Ao mesmo tempo, todos os rapazes chutavam sua cabeça: "Ainda estou com muita dor de cabeça". Eles também teriam agredido, com menos violência, outras duas mulheres que também estavam no ponto. Essas teriam conseguido fugir entrando em um ônibus.
Com o olho esquerdo roxo e um corte na face, além de hematomas no antebraço que comprovam sua tentativa de se defender, Sirlei foi levada pelo patrão para o Hospital Lourenço Jorge, onde foi atendida.
Através da placa do carro, policiais da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) chegaram ao dono do carro, o estudante de direito Felipe Macedo Nery Neto, 20. Ele foi o primeiro a ser preso, confessou o crime e entregou os outros participantes, segundo a polícia.
Leonardo de Andrade e Júlio Junqueira, 21, também foram presos. Segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, eles seriam indiciados por roubo, lesão corporal dolosa e formação de quadrilha e deveriam ser transferidos para a Polícia Interestadual (Polinter) ainda neste domingo. Os procurados pela polícia por suposta participação no crime são Rodrigo Bassalo, 20, e Rubens Arruda, 19.
Na porta da delegacia, o técnico em informática Sérgio, pai de um dos jovens presos, que não quis dar o sobrenome nem dizer o nome do filho, disse estar em estado de choque. Segundo ele, os meninos se conheciam porque moravam em condomínios vizinhos e freqüentavam os mesmos lugares no bairro.
Na hora do crime, eles voltavam de uma festa rave no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste. "Como pai eu sou suspeito, mas meu filho estudava e trabalhava, ia e voltava do trabalho comigo, é um garoto bom", desculpou ele, contando que o rapaz afirma que não participou do espancamento, porque estava alcoolizado e sem condições de descer do carro.
"Se ele não participou, tenho medo que sua vida fique marcada por esse episódio, mas se espancou essa moça e a Justiça provar isso, então ele vai ter que pagar", disse Sérgio.
É o mesmo que a doméstica e sua família querem: "Justiça", pediu ela, que ainda não decidiu se irá processar os agressores por dano moral. "Eu também tenho um filho homem e não quero nada de mau para esses garotos, mas eles têm que ser julgados pelo que cometeram", disse o pedreiro Renato Moreira Carvalho, pai de Sirlei, que a acompanhou para prestar depoimento na delegacia.
O crime aconteceu por volta das 5h de sábado. Os jovens fugiram levando a bolsa de Sirlei, com telefone celular, documentos, carteira e R$ 47. Ela entrou correndo no prédio em que trabalha. Um motorista de táxi que testemunhou o crime anotou a placa do carro dos acusados e avisou ao segurança do edifício onde ela havia entrado.
Sirlei havia saído cedo da casa da patroa para ir ao médico. Segundo ela, o Gol preto com cinco ocupantes parou a cerca de 100 metros do ponto. "Eu vi que eram filhinhos-de-papai e achei que fossem entrar no prédio em frente. Mas eles vieram em minha direção, arrancaram a bolsa e começaram a me bater e xingar. Xingaram muito", disse.
Ela contou que se abaixou e colocou as mãos no rosto, numa tentativa de se proteger. Ao mesmo tempo, todos os rapazes chutavam sua cabeça: "Ainda estou com muita dor de cabeça". Eles também teriam agredido, com menos violência, outras duas mulheres que também estavam no ponto. Essas teriam conseguido fugir entrando em um ônibus.
Com o olho esquerdo roxo e um corte na face, além de hematomas no antebraço que comprovam sua tentativa de se defender, Sirlei foi levada pelo patrão para o Hospital Lourenço Jorge, onde foi atendida.
Através da placa do carro, policiais da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) chegaram ao dono do carro, o estudante de direito Felipe Macedo Nery Neto, 20. Ele foi o primeiro a ser preso, confessou o crime e entregou os outros participantes, segundo a polícia.
Leonardo de Andrade e Júlio Junqueira, 21, também foram presos. Segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, eles seriam indiciados por roubo, lesão corporal dolosa e formação de quadrilha e deveriam ser transferidos para a Polícia Interestadual (Polinter) ainda neste domingo. Os procurados pela polícia por suposta participação no crime são Rodrigo Bassalo, 20, e Rubens Arruda, 19.
Na porta da delegacia, o técnico em informática Sérgio, pai de um dos jovens presos, que não quis dar o sobrenome nem dizer o nome do filho, disse estar em estado de choque. Segundo ele, os meninos se conheciam porque moravam em condomínios vizinhos e freqüentavam os mesmos lugares no bairro.
Na hora do crime, eles voltavam de uma festa rave no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste. "Como pai eu sou suspeito, mas meu filho estudava e trabalhava, ia e voltava do trabalho comigo, é um garoto bom", desculpou ele, contando que o rapaz afirma que não participou do espancamento, porque estava alcoolizado e sem condições de descer do carro.
"Se ele não participou, tenho medo que sua vida fique marcada por esse episódio, mas se espancou essa moça e a Justiça provar isso, então ele vai ter que pagar", disse Sérgio.
É o mesmo que a doméstica e sua família querem: "Justiça", pediu ela, que ainda não decidiu se irá processar os agressores por dano moral. "Eu também tenho um filho homem e não quero nada de mau para esses garotos, mas eles têm que ser julgados pelo que cometeram", disse o pedreiro Renato Moreira Carvalho, pai de Sirlei, que a acompanhou para prestar depoimento na delegacia.
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